AFONSINHO
- Meu filho perguntou se eu conhecia
Afonsinho, que jogou no XV de Jaú. Claro que conheci, é do meu tempo. Ele
cometeu o “erro” de não aceitar o passe preso a um clube. Ele queria ser livre
e jogar no clube que quisesse. Não aceitava a lei do passe. Chegou a ser
convocado para a seleção, mas foi rejeitado pela força dos donos de times e das
Federações que não admitiam um jogador sem vinculo. Ele dizia que não queria
ser tratado como escravo, ter um dono que o negociaria com quem entendesse. Mas
quem manda é o dinheiro e ele ficou sempre relegado a um segundo plano,
inclusive pela covarde mídia. Isso é capitalismo, quem tem manda. Muito tempo
depois apareceu a democracia corintiana, que seria um arremedo do que tentou
Afonsinho. E depois veio Pelé, que conseguiu a aprovação de uma lei que deixou
os jogadores numa situação pior. É o
máximo que Pelé poderia conseguir.
Continuamos sujeitos ao capitalismo selvagem. Salve-se quem puder.
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