sábado, 2 de novembro de 2013

CAVUCA nº 32/2013 - o jornal da vergonha.



PRA ONDE VAMOS?

FAVELA E MST  (mar 2006)
As favelas foram surgindo e, os governantes nada fizeram. O tráfico se instalou no vazio das ações do governo. Tivesse, este acompanhando o crescimento das favelas, preocupado o poder público e instalado creches, escolas, áreas de lazer, postos de saúde, enfim participasse da vida dos cidadãos menos afortunados, não teria hoje o tráfico facilidade em recrutar jovens para seu serviço. Infelizmente para os votados, povo só vale alguma coisa em época de eleições. Hoje até o exército invade favelas, em ações paliativas, e, tudo vai continuar como está.
E o MST? O povão ficou esperando por mais de 400 anos pela reforma agrária. Tempos atrás começou a mobilização, organizaram-se em grupos, para reclamar ação do governo. O governo deu apenas amostra grátis, para não contrariar os poderosos das terras. O movimento foi e está crescendo, surgindo até, novas organizações paralelas. È lógico e evidente que ONGS internacionais já começam a intervir. Somente a gang dos que tem o poder de resolução não enxergam, ou melhor, não lhes interessa enxergar. Estão esperando que MST e demais transformem-se numa FARC brasileira. Aí a gang vai achar ótimo, porque têm uma grande justificativa para que não se realize a reforma agrária.                           

O POVO  (jul 2006)

A carne custa caro, para um país que é um dos principais produtores. O álcool combustível está caro, para um país grande produtor e dono de alta tecnologia no setor.
O preço deve-se principalmente devido à exportação.
Um pequeno sitiante, estoca mantimentos para seu consumo, e vende o restante. Primeiro a família.
O governo é o chefe da família Brasil. Assim deveria proceder analogamente.
Deveríamos primeiramente garantir o consumo interno a preços razoáveis.
Porem o governo está a serviço de quem o elegeu ou seja, de quem patrocinou sua campanha. Povo é coisa secundária.
Portanto o que o povo deve fazer é sair às ruas e agitar. Exigir do governo que entenda: primeiro vem o povo depois os interesses dos capitalistas. O povo tem que mostrar sua força, sem ele governo não é nada.

GREVES E MANIFESTAÇÕES  (maio 2007)
Quando é grande o número de manifestações e greves, chegamos a uma conclusão: temos um governo incompetente e/ou sem a devida decência.
           
            Estes escritos, e muitos outros, servem apenas para lembrarmos que não é de hoje que a situação se deteriora, e mesmo assim, até hoje o governo nada faz em prol do povo.    
            Desde a época da “mardita de 64”, conheci apenas um governador que podemos considerar como decente, principalmente quanto educação, saúde e segurança. É muito pouco ou quase nada.                                                          
            Já escrevi também sobre o descaso com a educação em São Paulo e no Brasil. Dois exemplos: no Rio foi aprovado o Estatuto do Magistério, onde os professores devem completar o total de aulas com disciplinas fora da específica. Isso piora o nível de ensino. É óbvio. Em São Paulo, o governo ante o reclamo de que professor ganha pouco, autoriza a que os mesmos “peguem” mais aulas podendo chegar a 60 semanais. Esse professor não terá condições de executar bem sua tarefa. E também o nosso governo estadual corrompe (é um corrupto ativo) os professores corrompíveis (corruptos passivos) oferecendo bônus a professores e outros membros do magistério das escolas com baixo índice de reprovação. Isso sem falarmos na famigerada “aprovação automática”. A seriação continuada como propunha Darci Ribeiro (ou seria Paulo Freire?) era algo sério com acompanhamento direto dos alunos com necessidades de reforço na aprendizagem. Para isso teríamos mais gastos com mais professores, mais e melhores materiais, além de condições de trabalho. O governo, neoliberal de São Paulo, resolve apenas aprovar os alunos automaticamente, sem gastos. Para os neoliberais, ensino de bom nível é somente para os que possuem bom nível econômico (não intelectual). Gente do povo bem instruída não é bem vista pelos neoliberais.
            Existem muitos outros exemplos, destes e de outros assuntos mostrando a incompetência ou melhor o desinteresse do governo em resolver problemas, que não sejam os dos poderosos.
            O povo (classe média para baixo) está a pé. Não vejo nenhuma entidade procurando forçar o governo a resolver estas situações, ou se temos são apenas as que somente procuram dialogar com os governantes, sem nada de pratico.
O que resta ao povo, talvez tardiamente, é sair às ruas e “botar pra quebrar”. Manifestação sem briga, sem quebra quebra ou mesmo sem perturbar ninguém é algo que o governo ignora.
            A Filosofia, a Sociologia e a Psicologia podem explicar ou tentar dizer que esse quebra que o povo faz, não tem justificativa, que é errado, que é coisa de bandido. Esses não passam pelas necessidades do povo, sabem apenas usar a teoria que nada resolve. O povo cansou, ou melhor, está começando a ficar cansado e, quando realmente estiver vamos ter guerrilhas neste país. Quando isto acontecer os governantes continuarão pensando como antes: eles são os bons, combatendo desordeiros e bandidos ou vândalos (o termo comunista caiu em desuso).
            Sou um revoltado? Acho que sim pois não vejo como resolver estes problemas, diplomaticamente, num país onde torturadores e assassinos “legais” são anistiados, onde um Maluf é deputado federal, onde o assassino covarde como Erasmo Dias está livre e participando da vida pública, onde Renan Calheiros é presidente do Senado Federal, como confiar na justiça se no STF temos Gilmar Mendes, Toffoli, Lewandowski,  país onde os grandes setores estão dominados pelos que financiam as campanhas eleitorais, pois eles mandam nos que elegeram. Está certo que recuperam tudo com grandes lucros vencendo “licitamente” licitações e mamando nas tetas do governo o dinheiro do povo. Estamos num país em que o povo não confia no executivo, no legislativo e judiciário; não tem bom sistema educacional, não tem segurança e nem assistência médica. O que vamos fazer?
            É isso aí, vamos sair às ruas e “botar pra quebrar.”
                                                                                                                 depas out 013

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