PRA ONDE
VAMOS?
FAVELA
E MST (mar 2006)
As favelas foram surgindo e, os governantes nada fizeram. O
tráfico se instalou no vazio das ações do governo. Tivesse, este acompanhando o
crescimento das favelas, preocupado o poder público e instalado creches,
escolas, áreas de lazer, postos de saúde, enfim participasse da vida dos
cidadãos menos afortunados, não teria hoje o tráfico facilidade em recrutar
jovens para seu serviço. Infelizmente para os votados, povo só vale alguma
coisa em época de eleições. Hoje até o exército invade favelas, em ações
paliativas, e, tudo vai continuar como está.
E o MST? O
povão ficou esperando por mais de 400 anos pela reforma agrária. Tempos atrás
começou a mobilização, organizaram-se em grupos, para reclamar ação do governo.
O governo deu apenas amostra grátis, para não contrariar os poderosos das
terras. O movimento foi e está crescendo, surgindo até, novas organizações
paralelas. È lógico e evidente que ONGS internacionais já começam a intervir.
Somente a gang dos que tem o poder de resolução não enxergam, ou melhor, não
lhes interessa enxergar. Estão esperando que MST e demais transformem-se numa
FARC brasileira. Aí a gang vai achar ótimo, porque têm uma grande justificativa
para que não se realize a reforma agrária.
O POVO (jul 2006)
A carne custa caro, para um país que é um dos principais
produtores. O álcool combustível está caro, para um país grande produtor e dono
de alta tecnologia no setor.
O preço
deve-se principalmente devido à exportação.
Um pequeno
sitiante, estoca mantimentos para seu consumo, e vende o restante. Primeiro a
família.
O governo é o
chefe da família Brasil. Assim deveria proceder analogamente.
Deveríamos
primeiramente garantir o consumo interno a preços razoáveis.
Porem o
governo está a serviço de quem o elegeu ou seja, de quem patrocinou sua
campanha. Povo é coisa secundária.
Portanto o
que o povo deve fazer é sair às ruas e agitar. Exigir do governo que entenda:
primeiro vem o povo depois os interesses dos capitalistas. O povo tem que
mostrar sua força, sem ele governo não é nada.
GREVES
E MANIFESTAÇÕES (maio 2007)
Quando é
grande o número de manifestações e greves, chegamos a uma conclusão: temos um
governo incompetente e/ou sem a devida decência.
Estes escritos, e muitos outros, servem apenas para lembrarmos que
não é de hoje que a situação se deteriora, e mesmo assim, até hoje o governo
nada faz em prol do povo.
Desde a época da “mardita de 64”, conheci apenas um governador que
podemos considerar como decente, principalmente quanto educação, saúde e
segurança. É muito pouco ou quase nada.
Já
escrevi também sobre o descaso com a educação em São Paulo e no Brasil. Dois exemplos:
no Rio foi aprovado o Estatuto do Magistério, onde os professores devem
completar o total de aulas com disciplinas fora da específica. Isso piora o
nível de ensino. É óbvio. Em São Paulo, o governo ante o reclamo de que
professor ganha pouco, autoriza a que os mesmos “peguem” mais aulas podendo
chegar a 60 semanais. Esse professor não terá condições de executar bem sua
tarefa. E também o nosso governo estadual corrompe (é um corrupto ativo) os
professores corrompíveis (corruptos passivos) oferecendo bônus a professores e
outros membros do magistério das escolas com baixo índice de reprovação. Isso
sem falarmos na famigerada “aprovação automática”. A seriação continuada como
propunha Darci Ribeiro (ou seria Paulo Freire?) era algo sério com acompanhamento
direto dos alunos com necessidades de reforço na aprendizagem. Para isso
teríamos mais gastos com mais professores, mais e melhores materiais, além de
condições de trabalho. O governo, neoliberal de São Paulo, resolve apenas
aprovar os alunos automaticamente, sem gastos. Para os neoliberais, ensino de
bom nível é somente para os que possuem bom nível econômico (não intelectual).
Gente do povo bem instruída não é bem vista pelos neoliberais.
Existem
muitos outros exemplos, destes e de outros assuntos mostrando a incompetência
ou melhor o desinteresse do governo em resolver problemas, que não sejam os dos
poderosos.
O
povo (classe média para baixo) está a pé. Não vejo nenhuma entidade procurando
forçar o governo a resolver estas situações, ou se temos são apenas as que
somente procuram dialogar com os governantes, sem nada de pratico.
O
que resta ao povo, talvez tardiamente, é sair às ruas e “botar pra quebrar”.
Manifestação sem briga, sem quebra quebra ou mesmo sem perturbar ninguém é algo
que o governo ignora.
A
Filosofia, a Sociologia e a Psicologia podem explicar ou tentar dizer que esse
quebra que o povo faz, não tem justificativa, que é errado, que é coisa de
bandido. Esses não passam pelas necessidades do povo, sabem apenas usar a
teoria que nada resolve. O povo cansou, ou melhor, está começando a ficar
cansado e, quando realmente estiver vamos ter guerrilhas neste país. Quando
isto acontecer os governantes continuarão pensando como antes: eles são os
bons, combatendo desordeiros e bandidos ou vândalos (o termo comunista caiu em
desuso).
Sou
um revoltado? Acho que sim pois não vejo como resolver estes problemas,
diplomaticamente, num país onde torturadores e assassinos “legais” são
anistiados, onde um Maluf é deputado federal, onde o assassino covarde como
Erasmo Dias está livre e participando da vida pública, onde Renan Calheiros é
presidente do Senado Federal, como confiar na justiça se no STF temos Gilmar
Mendes, Toffoli, Lewandowski, país onde
os grandes setores estão dominados pelos que financiam as campanhas eleitorais,
pois eles mandam nos que elegeram. Está certo que recuperam tudo com grandes
lucros vencendo “licitamente” licitações e mamando nas tetas do governo o
dinheiro do povo. Estamos num país em que o povo não confia no executivo, no
legislativo e judiciário; não tem bom sistema educacional, não tem segurança e
nem assistência médica. O que vamos fazer?
É
isso aí, vamos sair às ruas e “botar pra quebrar.”
depas out 013
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